segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

NÓS SOMOS O QUE PENSAMOS

Autor: Armelino Girardi

"As limitações humanas estão apenas em nossas mentes." Essa frase, de Winston Churchil, bateu forte no meu coração na primeira vez que a li – e continua reverberando. E eu sou uma prova viva e inconteste de que tal conceito é verdadeiro e universal.

Isso porque a história da minha vida possui capítulos marcados pela superação dos mais variados obstáculos e limitações. Se venci essas barreiras foi em razão da força dos meus pensamentos, que sempre estavam voltados para um único fim: tornar-me alguém que pudesse "fazer a diferença" no mundo.

Essa força inspiradora me encheu de garra, determinação, ousadia, persistência, paciência e força de vontade. Para ilustrar o que digo, vou contar em breves palavras a minha história de vida.

Nascido numa pequena propriedade rural localizada no vilarejo de Santa Maria, nos arredores do município de Benedito Novo (SC), sou o quinto dos 15 filhos do casal de descendentes italianos Gentilia e Leopoldo Girardi , que sobreviviam basicamente da agricultura de subsistência, plantando e colhendo arroz.

A exemplo dos tantos imigrantes de outras etnias que desembarcaram no Brasil , meus pais são exemplo da coragem, do trabalho e da fé que movia essa gente. Até hoje me pergunto: como minha mãe conseguiu gerar 15 filhos sem nunca ter consultado um ginecologista? Como os filhos de Dona Gentilia e do seu Leopoldo nasceram e cresceram fortes e saudáveis sem jamais ter visitado um pediatra? Coisas do destino.

Como o sítio ficava isolado da área urbana, sem que possuíssemos nem ao menos rádio, o contato com outras crianças e adultos se dava na escola e aos domingos na Igreja. Aqui, uma curiosidade, para muitos chocante mas que me fez aprender a dar valor às pequenas e boas coisas da vida: foi na solenidade relativa à minha Primeira Comunhão que calcei o primeiro sapato – aliás usado, já que pertencia a um de meus irmãos...

Apesar de todos esses percalços, meus pais sabiam da importância dos estudos para uma vida melhor. Assim, faziam questão de que todos os filhos freqüentassem a escola da região, dividindo o trabalho duro na roça com os estudos.

Aqui, outra passagem inusitada: como já no primário eu começara a me destacar como um dos mais dedicados e disciplinados alunos da classe, certa ocasião a minha primeira professora, a Irmã Maria - freira que também se dedicava a dar aulas - fez rasgados elogios à minha mãe sobre a "vivacidade e vontade de aprender" do filho Armelino. Com ar de orgulho e satisfação, não conseguindo esconder o sonho típico das mães católicas interioranas daquela época, D. Gentilia sentenciou: - Esse aqui vai ser o Padre da família !

Não deu noutra. Aos 11 anos, lá estava eu seguindo rumo a um Seminário dos Franciscanos, na carroceria de um caminhão carregado de toras de madeira. Lá, completei meus estudos e descobri que essa não era minha verdadeira vocação, com a ressalva que tive a feliz oportunidade de obter ricos ensinamentos que remetem à importância da espiritualidade no trabalho e na vida.

Então decidi vir para Curitiba. Aqui, comecei trabalhando como bancário e passei no curso de Administração de Empresas da FAE. Como forma de aumentar os rendimentos e custear os estudos de uma faculdade particular, passei a datilografar apostilas para cursinhos durante as madrugadas, enquanto que nos finais de semana vendia fundos de investimentos no sistema porta a porta.

Enfim, narrei essas passagens da história da minha vida para destacar que o tão almejado sucesso profissional e a realização e felicidade pessoal dependem exclusivamente da gente. Ou seja: da maneira como nos vemos e como pensamos.

É justamente sobre essa força interior que nos faz crescer e nos fortalecer diante dos inúmeros obstáculos e dificuldades do dia-a-dia que pretendo me ater nos próximos artigos. São os "Nove Pilares do Sucesso". Trata-se de verbos que me habituei a conjugar desde o momento em que acordo e que me dão a motivação necessária para as ações do dia que está por vir.

É uma espécie de renascer para a vida, como a luz da aurora dissipa as trevas e um novo dia começa a brilhar. É esse sentimento de renascimento que nos dá ânimo, energia, vibração. Precisamos entender que a alegria de viver não chega por si só em nossos corações. É preciso buscá-la, cativá-la e conquistá-la diariamente, com perseverança e encantamento. E quem está feliz consigo mesmo, com os outros e com o trabalho, sem dúvida faz a diferença.

Que verbos milagrosos são estes? Isso você vai ficar sabendo a partir dos próximos capítulos, neste caso artigos, desta fantástica e divina arte de viver e renascer. Dia-a-dia. Até lá.

E boa leitura!

"Os impérios do futuro são os impérios da mente." (Winston Churchill)

Nenhum comentário: