quinta-feira, 25 de outubro de 2007

MUDANÇA DE ATITUDE

Certo dia uma senhora chegava em casa de uma das consultas médicas e disse aos familiares:

- Pedi franqueza ao meu médico, pedi que não me poupassem de saber a verdade sobre meu estado de saúde. Eu sinto que me resta pouco tempo.

Diante dos olhares ansiosos, ela continuou:

- Eles me revelaram que sou portadora de uma moléstia incurável e que tenho poucos dias de vida.

- E a senhora nos conta isso com essa naturalidade? perguntou uma das filhas, em prantos.

Continuou a senhora, com muita serenidade:

- Ora, eu tenho um bom tempo para fazer tudo que já devia ter feito há muito tempo atrás. Vou arrumar toda a minha casa, colocarei belas cortinas em todas as janelas, assim, elas me impedirão de ficar olhando a vida alheia. Todos os dias tirarei o pó da casa e durante esse trabalho pensarei: "Estou me livrando das sujeiras que guardei do passado." E continuou:

- Vou deixar todos os meus armários organizados, guardarei o que realmente uso e o resto jogarei fora ou doarei a quem precisa. Evitarei assistir ou escutar más notícias. Vou alimentar o meu espírito com leituras saudáveis, conversas amigáveis, dispensarei fofocas e não criticarei mais ninguém. Pensarei naqueles que já me magoaram e, com sinceridade, os perdoarei.

Fez uma pausa e continuou:

- Todas as noites agradecerei a Deus por tudo que estarei conseguindo fazer nestes dias que me restam. Todas as manhãs, ao acordar, perguntarei a mim mesma: "O que posso fazer para tornar o dia de hoje um dia melhor?"

Farei de tudo para transmitir felicidade àqueles que de mim se aproximarem. E a cada dia que passar farei pelo menos uma boa ação, portanto, quando eu fechar os olhos para nunca mais abri-los, eu terei feito inúmeras boas ações.

Todos que a ouviam, pouco a pouco se retiraram dali, indo cada um para um canto, chorar sozinho. A mulher ali ficou e nos seus olhos havia um brilho de alegria. Dizia ela a si mesma:

- Não posso curar meu corpo, mas posso mudar a vida que me resta. A minha tarefa de casa é grande, porém vale a pena todo qualquer esforço. Vou conseguir realizar. Quero transformar meu mundo interior. Vou me tornar uma pessoa totalmente diferente do que fui até ontem.

O mais curioso e extraordinário dessa história foi o que aconteceu...

Ela conseguiu cumprir plenamente todos os compromissos que tinha assumido consigo mesma. Dos poucos dias de vida que restava a ela, viveu por mais longos e saborosos 23 anos. Ela curou a sua própria alma. A sua moléstia desapareceu. Ela morreu de velhice..

A história é verídica. Será que em pleno século XXl não está na hora de repensarmos os conceitos? Quem sabe a partir de agora comecemos a colocar metas em nossas vidas; metas desafiadoras mas, que sejam possíveis de atingir!

Tudo é muito simples, muitas vezes somos nós mesmos que complicamos as coisas.

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