sexta-feira, 24 de abril de 2009

Virtudes: Paciência


Como afirmou Aristóteles, a virtude é “uma disposição adquirida voluntária, que consiste, em relação a nós, na medida, definida pela razão em conformidade com a conduta de um homem ponderado. Ela ocupa a média entre duas extremidades lastimáveis, uma por excesso, a outra por falta.”

O mundo em que vivemos é, muito frequentemente, da pressa e da impaciência, de querer resultados a curto prazo, de querer para ontem. Contudo, conseguir requer tempo e esforço. Paciência para suportar e ajustar o ritmo, a meio caminho entre a exasperação (impaciência) e a insensibilidade ou indiferença.

A paciência é uma virtude subordinada à fortaleza (hoje mais corrententemente designada por coragem) e consiste na capacidade constante de suportar as adversidades. Trata-se de ter sensibilidade e serenidade para enfrentar as contrariedades conservando a calma e o equilíbrio interior, conseguindo compreender melhor as circunstâncias, gerando paz e harmonia em torno de si.

Paciência diz respeito a esperar o tempo da realização e a lidar com o que dói. A respeitar ritmos diferentes do nosso. A sentir o valor do único momento que existe, o presente precioso, o momento presente. Por isso torna mais amável, mais sereno, mais sábio. Sem ela, perde-se a beleza da vida, não se saboreia os detalhes, as subtilezas agradáveis dos afazeres da vida quotidiana.

A paciência é tão importante! para lidar com os outros e conosco, com o calor do dia a dia, os aborrecimentos no trabalho, o trânsito, aquela pessoa que nos exaspera, com aquele que tem dificuldade em aprender, com o que não consegue fazer a tarefa. E é tão necessária na educação e na formação.

Até para emitir opiniões, devemos ter paciência de ouvir. É sabido que «quem tem pressa, tropeça» - falar apressadamente e dizer palavras que não se queria, julgar apressadamente alguém ou uma situação, completar as frases dos outros, podem ser vistos como sinais de im-paciência. Ser paciente é achar o ponto certo, nem demais (que imobiliza) nem de menos (que exaspera). Só assim é virtuosa.

Os medievais tinham uma máxima que acho relevante: «Que Deus me dê paciência para suportar o que não pode ser mudado, coragem para mudar o que pode ser mudado, e sabedoria para distinguir uma coisa da outra»
Publicada por Viajante

2 comentários:

flor de Liz disse...

quero um insentivo para emagrecer

flor de Liz disse...

quero um insentivo