sexta-feira, 8 de agosto de 2008

E vai começar A Maior Olimpíada da História


O maior orçamento e mais completa construção de uma cidade para receber os Jogos; a maior variedade de canais de transmissão das disputas; uma safra de excelentes atletas em todas as modalidades, inclusive o basquete e o futebol masculino - a NBA está em peso, além da FIFA que garantiu a participação de algumas estrelas como o Messi e o nosso Diego. Um momento de vigor produtivo e realizador de várias nações do mundo, não somente polarizado nos EUA, o que irá se refletir na disputa mais equilibrada de todos os tempos. A grande aposta é pela China, que como anfitrião terá a chance de suplantar os norte-americanos no quadro de medalhas.

O esporte, de uma maneira singular, tem o poder de espelhar um retrato de cada nação. Nas disputas esportivas, os atletas carregam consigo a alma do seu povo e as características de cada cultura. É um dos aspectos mais interessantes do espetáculo olímpico é esta constatação. Em Pequim iremos ver os melhores atletas representando todos os povos do planeta. Cada gota de suor tem uma história por trás e reconhecer o lado humano dessas histórias é o maior legado olímpico.

O Brasil estará lá, com sua maior delegação de atletas, técnicos, staff e dirigentes, para talvez não suplantar o que conquistou em Athenas. E isto não é nenhum desmérito, já que em Athenas tivemos nosso melhor resultado olímpico, terminando em 16o. na classificação geral das medalhas. Mal fazendo um paralelo, estamos nos destacando no cenário econômico e político mundial numa medida, digamos, razoável. Não somos mais um os piores países emergentes, mas ainda amargamos um alto grau de desigualdade e sobressaímos em algumas áreas e regiões.

No esporte estamos no mesmo grau de destaque mundial, numa média boa, com maior qualidade em algumas modalidades e estruturas, concentrada mais nas regiões Sudeste e Sul, naqueles esportes com bom apelo publicitário. Dinheiro já não é mais tão escasso, falta um pouco de planejamento e compromisso com os resultados (não só medalhas, mas evolução de resultados e estrutura de base), um pouco mais de profissionalismo e seriedade. Mas também concordo que é um processo, e estamos caminhando. Em Pequim iremos bem, seja lá o que isso signifique.

Viva os nossos atletas, e que eles nos ajudem a enxergar o país que somos!


Fonte: ana moser

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